quinta-feira, 19 de março de 2009

Quanto tempo nos resta?

Li um texto hoje de Aldo Novak que me chamou muito a atenção o qual quis compartilhar no blog para uma reflexão quanto ao que temos feito do tempo que temos...

"Quanto tempo você acredita que viverá? Cem anos? Cinqüenta? Vinte? Dez? Um? Seja quanto for, você provavelmente estará errado. Nosso tempo médio de vida é até possível de saber. Mas uma média não é uma certeza. Um adolescente pode ter apenas mais quatro anos de vida, enquanto uma mulher de 70 pode viver ainda mais trinta e cinco. Já temos mais de 30 mil pessoas no Brasil acima dos 100 anos. Leciono na Universidade Federal de São Paulo para turmas nas quais o aluno mais jovem tem 60 anos! Em um mundo no qual a expectativa média de vida era de 25 anos, como há apenas dois séculos, no Brasil, praticamente todos os meus leitores estariam mortos. Na verdade, com tanta inexperiência controlando os países, é um milagre que tenhamos chegado até aqui. Não que experiência seja garantia de qualidade, como podemos ver pelo que acontece no mundo. Mas hoje, com a expectativa média de vida disparando, há um número crescente de homens e mulheres com 70, 80 ou 90 anos, vivendo ainda como as pessoas de 60 viviam, há somente duas ou três décadas. Roberto Marinho (1904-2003) criou a Rede Globo quando completou 60 anos. Morreu depois dos 90. E ele era de uma geração em que a expectativa média de vida era de 40. Mas isso não é um caso isolado. Ted Turner, o criador da CNN, a maior rede de notícias do mundo, era um playboy e esportista até os 40. Quase perdeu tudo, várias vezes na vida. Depois disso, criou a CNN, mesmo tendo sido sabotado várias vezes pelos concorrentes. Continua um playboy esportista. Nelson Mandela ficou mais de dez anos sendo bloqueado ativamente pelo governo sul-africano e vinte sete anos na cadeia, por razões políticas. Aos setenta e dois anos começou tudo novamente, saindo da prisão, tornando-se presidente da África do Sul e mudando o país que liderou, além de entrar para a história do planeta. Ele nasceu em 1914. Silvester Stallone (1946) filmou Rock Balboa (ou Rock 6) este ano e lançou-o há algumas semanas. Ele tem sessenta e um anos, e ainda está fisicamente como, há algumas décadas, estariam os lutadores de metade da sua idade. Na verdade, sua forma física está tão boa quanto a de seu oponente. No Brasil, a revista Exame de dezembro do ano passado, publicou um artigo sobre o empresário Ueze Zahran, filho de imigrantes libaneses que fundou o Capagaz. Zahran controla um pequeno império de mais de 1 bilhão de dólares, fundado quanto ele tinha 31 anos. Mas o que chama a atenção é que ele está com oitenta e dois anos, e tem a disposição e a forma física de alguém muito mais jovem. Na música, temos também um caso curioso. Eleito por uma publicação recente como principal símbolo sexual masculino do Brasil, Chico Buarque de Holanda. Também já passou dos sessenta anos. Nem vou falar dos Rolling Stones, que têm um público de fãs que incluem os que ainda nem saíram da puberdade. Impensável há algumas décadas! Isso para não falar das pessoas que se casam com homens e mulheres que têm 30 anos menos que eles. E não me refiro a artistas, que casam e descasam como se trocassem de roupa, mas a gente comum. Algo está mudando. Algo que parte da nossa sociedade ainda não viu. Se Mandela escutasse sua família, ficaria em casa recebendo alguma pensão do governo, sentado. Pense em um homem de 72 anos que ficou preso metade da vida. A maioria das pessoas imagina que homens com esta idade, deveria estar pensando em que programas de TV vão assistir hoje. Stallone? Se escutasse os críticos, seria vendedor de bolinhos, no Central Park, e não um milionário ator que se diverte fazendo o que faz. Ted Turner? Estaria construindo barcos de pesca, e bebendo até cair, dia e noite. Zahran? Estaria na cadeira de balanço e teria passado o bastão há muito tempo para algum jovem de sua empresa. Se é que ainda teria uma empresa. Para cada um desses homens, e mulheres que também têm história similar, sempre houve a crença de que nem tudo o que você começa, termina, mas absolutamente tudo o que você termina, teve que começar. Comece agora. Não amanhã. Não ontem. Hoje. Hoje. Se você tem mais de cem anos, sugiro que vá com calma! O mundo ainda chega lá. Se você tem mais de 70, sugiro que não tenha calma nenhuma. Faça o que você tiver vontade de fazer. Viaje, crie, pinte e borde - e não me refiro a quadros, nem tecidos. Se você tem entre vinte e setenta, sugiro que não se importe com convenções sociais. Elas foram feitas por quem não tinha coisa melhor para fazer, além de falar da vida dos outros. Vá e faça. Já que vão falar de você, de qualquer jeito, arrisque-se a ir contra a maré. O mundo espera isso de você. Se não aprovarem, mande-os "catar coquinho na praia perdida". Se você tem menos de vinte, aprenda tudo o que puder, e agradeça por viver em um século no qual você está no início da vida, não no final. Não importa a idade que você tenha. É hora de começar algo novo. Nem tudo o que você começa, termina. Mas absolutamente tudo o que você termina, teve que começar. O que você vai começar hoje..!?!?!?"

Da leitura do texto, podemos concluir que não importa nosso contexto de vida, o quanto estudamos, a família em que fomos criados, quanto temos em nossa conta bancária ou nossa idade. O que determinará nossa história de vida é nossa postura e nossas escolhas num mundo tão diferente daquele criado por Deus, onde todos eram iguais e todos tinham intimidade com Ele. Hoje, pelo contrário, temos que nos esforçar para trocar o BBB por um tempo de qualidade com Deus no nosso quarto; ou, quem sabe, algumas horas a mais de sono para ir ao culto de domingo. A verdade é nua e crua e nos agride, muitas vezes. Somos hipócritas quando reclamamos de nosso contexto de vida ou das vicissitudes que nos ocorrem, mas nos esquecemos que o nosso Deus veio a este mundo em meio a cobranças, acusações e humilhações, se fez pobre, foi crucificado em nosso lugar e hoje espera tão somente que acenemos em Sua direção para que Ele possa entrar novamente em nossos corações, com aquele amor eterno que só Ele tem.
Peço hoje a Deus que não nos conformemos com nossas limitações e nos mostremos ao mundo a que viemos: para salvar vidas para Cristo. Ele nos criou para isto e para isto devemos dar nossas vidas.